Coluna Propaganda e Marketing-Diário Indústria & Comércio 1º.8.22
Agências readaptam espaços físicos aos novos modelos de trabalho
Nesta semana, a Publicis comunicou ao mercado publicitário a reabertura de seu escritório, em São Paulo, que estava fechado desde o início da pandemia. O espaço, no entanto, é bem diferente do que os colaboradores conheciam antes de a agência fechar suas portas em 2020. No novo ambiente, não há mais bancadas de trabalho individuais, e sim várias salas de reuniões e espaços compartilhados. Além disso, a presença dos funcionários não é mais obrigatória.
Essa movimentação da Publicis é um exemplo de como algumas agências de publicidade sentiram a necessidade de não apenas instituir novas jornadas de trabalho como também de readequar os espaços físicos aos atuais modelos corporativos, que contemplam jornadas híbridas, com boa parte dos colaboradores permanecendo em suas casas e espaços físicos mais voltados a encontros e reuniões que exijam decisões em conjunto.
Diretora de Recursos Humanos da Publicis Brasil, Cintia Pessoa observa que os funcionários querem trabalhar com a flexibilidade que conquistaram nesse período e que a agência tem clara a ideia que, se o retorno presencial for obrigatório, estaria totalmente fora do contexto da realidade atual. Por isso, além de os funcionários poderem decidir ou não se querem trabalhar no escritório, o espaço físico foi modificado para atender a essa realidade diferente do ambiente corporativo.
“Não existe mais uma estação de trabalho fixa para uma pessoa. Temos muitas mesas e muitas salas para receberem grupos de todos os tamanhos. Temos cabines para quem precisa de espaço reservado para reuniões, aulas e eventos virtuais”, explica Cintia.
Participação da indústria criativa no PIB aumenta com a pandemia
Sem a possibilidade do contato físico, a pandemia forçou a indústria criativa a se reinventar, sendo que só agora conseguimos ver os reais impactos da crise nesse setor.
A nova edição do estudo Mapeamento da Indústria Criativa, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostra que há um misto de reflexos positivos e negativos. Os insights foram divididos em quatro grandes áreas criativas:
- Cultura – expressões culturais, artes cênicas, música, patrimônio e artes
- Tecnologia – TIC, biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento
- Consumo -publicidade e marketing, design, arquitetura e moda
- Mídia – editorial e audiovisual
Apesar da crise, o número de profissionais criativos cresceu 11,7% em relação à última edição, lançada em 2019, totalizando 935 mil formalmente empregados.
Consumo e Tecnologia representam mais de 85% dos vínculos empregatícios, com taxas de crescimento de 20% e 12,8%, respectivamente – reflexo da expansão da tecnologia na pandemia e da necessidade de transformação digital em empresas de todos os segmentos para aumento de eficiência.
Esse desempenho positivo não foi registrado em Cultura e Mídia, que sofreram quedas de 7,2% e 10,7%. Para Leonardo Edde, vice-presidente da Firjan, a retração em Mídia é consequência das inovações tecnológicas que alteraram a forma como os agentes produzem, disseminam e consomem o conteúdo.
Rádio mantém maior equilíbrio do que a televisão, aponta pesquisa
A pesquisa, contou com 1500 pessoas entrevistadas, as quais foram questionadas sobre qual veículo de comunicação consumia, como rádio, TV aberta, streaming, entre outros. O detalhamento dessas informações será disponibilizado na próxima segunda-feira (25), em uma plataforma gratuita, criada pelo grupo de agências.
Dados
Segundo a pesquisa, apresentada pelo pesquisador, Peter Vieth, o consumo da TV aberta obteve queda de aproximadamente 2,5% (87 para 84,56%), assim como, os jornais impresso e digital, que também tiveram queda.
Em contrapartida, a mídia digital continua em crescimento, sendo que o streaming de música está em elevação, mas nem tanto.
Rádio
A partir da evolução dos meios de comunicação, muitas pessoas costumam acreditar na falácia do “rádio vai acabar”. Entretanto, a II Pesquisa de Mídia e Consumo 2022, mostra que o consumo do Rádio se manteve de 49,13% para 49,40%. Além disso, o público mais jovem está ouvindo mais rádio do que antes.
Segundo Petter Vieth, a pesquisa que possui mesma estrutura e selo de qualidade da MARPLAN, apresenta que quase 42% das pessoas entrevistadas, preferem o rádio do que streaming.
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COSTA KOTZIAS
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