Coluna Propaganda e Marketing-Diário Indústria & Comércio 22.8.22
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Mídia programática é uma estratégia automatizada de compra e venda de inventários de mídia, que permite conectar anunciantes aos consumidores em diversos canais diferentes. Em alguns países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, a compra de mídia programática já é o principal modelo de compra de mídia digital. Aqui no Brasil, porém ainda há espaço para o crescimento desse formato.
A possibilidade de comprar espaços publicitários no digital de forma automatizada foi uma grande evolução do setor, visto que antes se agências de publicidade e empresas quisessem veicular anúncios em portais e sites, elas tinham de negociar a compra individualmente com cada um desses publishers. Além de conseguir atingir um target bem específico e personalizado, esse formato de compra de mídia também permite uma melhor gestão dos first-party data da empresa.
Além da compra de mídia em sites e telas digitais nas ruas, já é possível comprar mídia tradicional de rádio via plataforma de mídia programática.
Um novo formato, oferecido por meio de uma parceria entre Xandr, YoungTech e Nextdial, permite que anunciantes comprem anúncios no rádio tradicional por meio da programática, de forma rápida, sem burocracia e com relatório de comprovação da veiculação e métricas.
Nova direção e foco em tendências: a volta do Festival de Publicidade de Gramado
Há alguns meses, Andressa Martins, a primeira mulher a dirigir o Festival Mundial de Publicidade de Gramado, iniciou conversas com o mercado com a ideia de trazer uma edição do evento, que celebra a criatividade e trabalhos das agências e marcas, para a cidade de São Paulo. Contudo, a retomada na capital paulista, na visão da diretora, tiraria do festival um de seus principais ativos: sua essência.
Agora, após 6 anos de hiato (a última edição presencial aconteceu em 2016), o evento volta a acontecer em sua cidade natal, Gramado, no Rio Grande do Sul, entre 24 e 26 de agosto. Inicialmente, o retorno estava previsto para acontecer em 2020, mas foi impossibilitado pela Covid-19. “A partir da pandemia começamos a conversar sobre a possível transição e pensamos em como poderia funcionar a entrada de uma mulher no evento para fazer algo diferente”, lembra Andressa. A profissional é sobrinha de João Firme, executivo que liderou o Festival desde 1976.
A experiência da nova líder foi sendo construída ao longo dos anos. Andressa trabalha no backstage do festival desde os 13 anos e foi responsável por idealizar as edições do Festival que aconteceram no exterior, já tendo operado na França, Japão e Estados Unidos. Contudo, ela declara que a atuação agora, na retomada do projeto, não tem sido fácil. Grávida e parte da comunidade LGBTQIA+, Andressa diz sentir na pele a falta de identificação que vem encarando durante a organização.
“O Festival está sendo muito desafiador nessa volta, achei que fosse ser mais fácil. […] Está sendo um momento importante para que a gente coloque a cara no mercado e mostre que é possível fazer isso”, comenta ao apontar a relevância que procura trazer para temas como acessibilidade e diversidade nos palcos. “Vejo o festival como um proposito hoje. Já via antes, mas não tinha esse espaço”, completa. As temáticas que serão abordadas podem ser vistas já no site do evento, que conta com acessibilidade em libras.
82% dos usuários no Brasil assinam algum streaming
Pesquisa ainda aponta que 46% dos brasileiros usam a rede para ler e compartilhar opiniões sobre serviços e produtos de streaming
Uma pesquisa realizada pelo Twitter no Brasil apontou que 82% das pessoas presentes na rede assistem a conteúdo em mais de um streaming. A Netflix (85%) lidera como a plataforma mais utilizada pelos usuários do Twitter, seguida por Amazon Prime Video (59%), Globoplay (53%), Disney+ (41%), HBO Max (41%), YouTube Premium (34%), Star+ (19%), Apple TV+ (11%) e Mubi (2%).
De novembro de 2021 a abril de 2022, a Netflix foi citada na maior quantidade de conversas na plataforma (64%), seguida pelo HBO Max (16%) e Globoplay (9%).
Os dados revelam também que 46% dos brasileiros usam o Twitter para ler e compartilhar opiniões sobre serviços e produtos de streaming; 39% gostam de fazer comentários ao vivo; 36% leem críticas; 25% usam para descobrir novos conteúdos e 17% comentam para apoiar o elenco de suas produções preferidas.
Esses resultados apontam que a rede social funciona como um termômetro para medir a opinião das pessoas que utilizam os streamings serviços, onde é possível ter uma visão mais clara das expectativas dos consumidores.
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COSTA KOTZIAS
Diário Indústria & Comércio – Curitiba
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